O Cardeal Sergio Sebastiani, Presidente da Prefeitura de Assuntos Econômicos da Santa Sé, anunciou que o Vaticano registra cifras no vermelho pelo terceiro ano consecutivo –depois de seis anos de superávit- apesar das doações em nível mundial terem aumentado.

O informe do Purpurado, entretanto, contém uma cota de otimismo, pois o déficit foi se reduzindo e é possível que em um ou dois anos, quando se  reduzam alguns gastos –como os custos de restauração-, o Vaticano volte a estar financeiramente no azu.

O orçamento consolidado de 2003  da Santa Sé,  que cobre os gastos da Secretaria de Estado, as nove Congregações pontifícias, os onze Conselhos pontifícios, tribunais, prefeituras, sala de Imprensa, academias, nunciaturas e outras representações diplomáticas em todo o mundo;  significou um gasto de  351.4 milhões de dólares, um déficit de 4,5%, inferior em  29,15% ao exercício de  2002.

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O Estado da Cidade do Vaticano, que tem seu orçamento próprio para seus 44 hectares que inclui os 17.3 milhões de dólares que custam as operações de Rádio Vaticano e o pagamento de salários de 1.534 -incluindo os “Sanpedrinos”, que cuidam das restaurações básicas-  tem ainda  um déficit de 45%; embora reduziu-se em 45% em relação ao ano passado.

Os participantes da 38º  reunião do Conselho de Cardeais para o estudo dos problemas organizacionais e econômicos da Santa Sé -realizada na terça-feira passada- debateram a necessidade de continuar financiando o déficit de alguns meios de comunicação (como Rádio Vaticano e L'Osservatore Romano) por sua importância evangelizadora.

Por último, as doações universais conhecidas como o  Óbolo de São Pedro”, aumentaram em 5,7% em relação ao ano anterior; mas esta arrecadação não serve para cobrir os gastos operacionais do Vaticano, mas foram destinadas pelos Santo Padre aos  países que padeceram estragos e catástrofes naturais, às comunidades religiosas do Terceiro Mundo e às instituições católicas da Terra Santa.